Entre o Céu e a terra
Esse espaço azul me encanta
Faz-me prisioneira singular
Pássaros,nuvens,vozes que ecoam
Das cachoeiras,do vento,da brisa e do ar.
Um sopro telúrico,uma indagação
Eu aqui sentada a sondar
Quanto mistério,quanta beleza,criação
Conjugados no pretérito perfeito do verbo amar.
Tudo é ação permanente ao meu redor
A raiz rompendo o útero da mãe terra
Que se abre para grandiosa obra.
As folhas secas caem dando lugar às suas irmãs
A flor que se espicha olhando para o sol
O vento calmo que passa fazendo canção.
Nada é tão belo ,tão puro e perfeito
Quanto a mãe natureza dando à luz
Aos mais estranhos seres, essência do planeta.
Que as mentes insanas dos racionais
Não destruam tanto essa força gigante,que procria
Irmanando a imensa ciranda que vivifica o universo.