UM DIA
UM DIA
No meio deste universo,
No fundo de um oceano,
No latejante vácuo.
UM DIA
No interior de um micro corpo,
A bilhões de anos-luz,
A vida desponta
Afinal nasce.
UM DIA
Uma vida nova começa,
Cheia de esperança e
De muito progresso.
E o mais importante "de amor".
UM DIA
Tão longe este,
Desfruta de uma arvore,
Aliás da profunda raiz do tempo,
Vem hoje ser o que é.
UM DIA
A vida cercada pôr um meio,
Um meio devastador,
Chegando até comprar uma vida,
E comprando-a, compra-se a morte.
UM DIA
Hoje como ele é,
Uma torre de ferro,
Um líquido sujo e destruidor,
Arrasa o começo de um fim.
UM DIA
Este líquido sujo e imundo,
Saindo de um profundo poço,
Comprou hoje o mundo,
Comprou o micro corpo.
UM DIA
O fim de tudo está próximo,
Para onde iremos?
Uma vida mais cruel?
Ou o liquido da vitória jorrará?
Poesia selecionada para o livro “Noturno II” do XXXII Concurso Internacional Literário das Edições AG de 2011