RIO GRANDE
Rio triste
não tem mais água
a jorrar
não há peixes
plantas
Não há mais vida
só a secura dos
poluentes e a
indiferença dos
fétidos poderes
Das nascentes nas
montanhas San Juan,
o rio desfilava num
volume de encher os
olhos,
Claudica para chegar
em sua embocadura.
Rio Grande,grande
rio,grande na beleza,
na fortaleza,mas não
tão forte quanto a
insensibilidade da
baixeza do homem.
O rio claudicou,não
chegou ao Golfo do México
O rio perdeu seu volume,
diluiu-se no ar, não tem
para quem apelar dos
atos imperativos da canalização,
evaporação da água do afluente
Rio Vermelho que leva resíduos,.
fraquejando o rio diluído
A Companhia Molycorp,
minera o metal pesado
que mata o Rio Grande,
dilui sua grandeza,sua beleza
Os ribeirinhos estão sedentos
da água agricultável ,palatável
Os ácidos das rochas
derrubaram as encostas
espalhados no Rio Grande
que não sabe para onde
seguir,triste dilema
do Rio Grande, herói da
conquista do Oeste
Cinzas do Lanl (laboratório)
deslizaram rum ao Rio Grande
modificando seu fluxo
e a qualidade dos sedimentos
aumentando seu ressecamento
onde ficam os sentimentos?