Borboleta
Eu fico a observar a borboleta,
Altiva, delicada e multicor...
Embora, um pouco tímida ou xereta,
Sua sina é envolver-se com a flor.
Nas tardes de verão, ali passava,
E indecisa, no jardim ela chegou.
Seu belo colorido me inspirava...
Serena sobre a flor, então pousou.
A tarde chega ao fim... Logo anoitece!
E ela, ali está beijando as flores...
E toda a Natureza a enaltece...
Num mundo encantador, com muitas cores!
Eu paro a meditar... Que emoção!
Com prazer, me torno mais discreto...
Ingênua... Mas me traz inspiração...
Sem rumo, vive neste mundo incerto!
Abraça-se à flor... E ali sorri...
Agora, abre as asas para o mundo...
Vivendo seus momentos... Cai em si -
Quem sabe, num desejo mais profundo!
Um dia, já foi larva... E pra que serve?
Envolto num casulo que a esconde...
Talvez, sua existência seja breve...
E na metamorfose... Esteve aonde?!
Viveu os seus momentos de esperança,
Com graça e sem ter tempo a perder...
Portanto, fecha as asas e descansa...
Chegou então, seu dia de morrer!