Borboleta

Eu fico a observar a borboleta,

Altiva, delicada e multicor...

Embora, um pouco tímida ou xereta,

Sua sina é envolver-se com a flor.

Nas tardes de verão, ali passava,

E indecisa, no jardim ela chegou.

Seu belo colorido me inspirava...

Serena sobre a flor, então pousou.

A tarde chega ao fim... Logo anoitece!

E ela, ali está beijando as flores...

E toda a Natureza a enaltece...

Num mundo encantador, com muitas cores!

Eu paro a meditar... Que emoção!

Com prazer, me torno mais discreto...

Ingênua... Mas me traz inspiração...

Sem rumo, vive neste mundo incerto!

Abraça-se à flor... E ali sorri...

Agora, abre as asas para o mundo...

Vivendo seus momentos... Cai em si -

Quem sabe, num desejo mais profundo!

Um dia, já foi larva... E pra que serve?

Envolto num casulo que a esconde...

Talvez, sua existência seja breve...

E na metamorfose... Esteve aonde?!

Viveu os seus momentos de esperança,

Com graça e sem ter tempo a perder...

Portanto, fecha as asas e descansa...

Chegou então, seu dia de morrer!

trovaliz
Enviado por trovaliz em 16/04/2012
Reeditado em 29/04/2012
Código do texto: T3616939
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