... a natureza...

O frágil ventre da flor

Aquece o átrio matinal,

A fonte ávida de vapor

Esvaece o véu divinal.

A abelha se nutre do mel,

Que seu estômago formou,

Não foi adoçado com fel

Mas pelo néctar que sugou.

O beija-flor vive beijando

As roseiras nos jardins,

Em segundos vai voando

Os canteiros e os jasmins!

A face da diva sereia

irradia a fada mais bela,

Dum anjo fora da areia

Uma concha tão singela.

Os lírios bordam a alvorada

De virgens, sóbrias borboletas

A vitrine da esplanada

divaga as cores violetas!...

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 12/04/2012
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