A andorinha-dos-beirais anuncia, no território português, a chegada da primavera e o adeus ao frio do inverno. Possui grande resistência física e capacidade de orientação, voltando todos os anos ao mesmo lugar, onde faz o seu ninho, ou reconstrói o antigo, no lugar onde ela própria nasceu. Se esse espaço estiver ocupado, então, procura outro lugar, o mais perto possível do ninho original.

Seus ninhos são feitos de palhas e lama, materiais que são transportados no bico da andorinha. Só pára de construir quando sente que o seu ninho está suficientemente resistente para acolher uma nova geração de aves.

De manhã e ao fim da tarde, estas aves enchem o céu de movimento, em graciosos voos, numa busca incessante de alimento, comendo todos os insetos que encontram.

As andorinhas medem cerca de 14 cm (comprimento), são monogâmicas e podem viver cerca de 8 anos. As fêmeas fazem uma postura de 4 ou 5 ovos, que depois são incubados durante cerca de 14 a 16 dias, após os quais nascem os jovens, cuja alimentação é feita pelos progenitores.

Com a chegada do outono, e quando a temperatura começa a baixar, juntam-se as famílias de andorinhas em grandes bandos e voam à procura de temperaturas mais altas, principalmente no continente africano, para voltarem na primavera seguinte.

 
 

ANDORINHA-DOS-BEIRAIS
 
Pela manhã ouvi piar
Tão mimosos passarinhos,
Da janela pude observar
A reconstrução dos seus ninhos.
 
 Hoje começa a primavera
E, com ela, as andorinhas,
Após um inverno de espera,
Nos ares vêm ser rainhas.


 
21/03/2012
Ana Flor do Lácio
 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 20/03/2012
Reeditado em 20/03/2012
Código do texto: T3566165
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