CHUVA
Pingos de chuva no telhado,
Quão feliz, agora, me fazes...
Tenho o espírito descansado,
Enlevada com a bonança que trazes.
Na lagoa azul, pingos de praia
Dessa chuva célere, esbateiam...
Sinto os odores balsâmicos da mata
Que desejos no meu peito ateiam !
Chuva! De bonança repassada,
Tu, serena, em minha alma inconstante,
Caindo de leve na calçada,
Suavizas meu peito sempre arfante.
Peito, em que a angústia malfadada
Agita-se com o medo a cada instante !