O Temporal!
Olho, feliz, um pouco aliviada pelo céu coberto
De densas nuvens ameaçadoras, quase negras
O calor estava sugando todas as minhas energias
Desmotivando-me até de respirar, que desconforto
Aquele ar, ali parado que tanto sufoca e prende
Todas as emoções, os pensamentos e as vontades
Congeladas na tênue preguiça daqueles momentos
Que o tempo deparava com a violenta tempestade
E o vento, forte, furioso rasgou os meus pensamentos
Levando-os para bem longe de mim, refrescando-me
Toda a minha alma sedenta de grandes mudanças
Aquietou meio assustada, meio aliviada, observando
Os trovoes se fizeram logo sentir, bem ameaçadores
O vento passa e arrasta tudo a sua frente, zangado
Fios que abanam assustados, entre as torres altas
A pobre árvore danada de sede, dança livre, aliviada
Fogem os pobres passarinhos para outras paragens
Água começando a ser muita pela estrada, correndo
Olho para o telhado que está saturado de chuva
O vento entra pela janela espreitando tudo por aqui
Os raios ainda são mais fortes, poderosos, majestosos
Obrigando a chuva a ser mais intensa e bem mais maldosa
Arrebentando com tudo, destruindo as ruas e as casas
Ninguém a consegue parar a fúria daquelas águas correndo
Aquelas gotas, antes refrescantes, que ajudaram a acalmar
Está deixando muita gente consternada, triste e sem nada
E no meu terno pensar, meio agradecida pela minha vida
Sinto o meu coração chorando de dor pelos que tanto sofrem
Pelas as correntes furiosas provocadas pelas enchentes...