SALTANDO COM UM CANGURU
Um dia eu fui à Austrália
O continente distante,
E vi a parafernália
Que é sua fauna mutante.
Vi saltando bem pertinho,
Um Canguru e o filhote
O bicho é fedidinho,
Não serve para mascote.
Num eucalipto eu vi
Um Koala dorminhoco
É marsupial dali,
Fica acordado bem pouco.
O estranho Ornitorrinco,
Uma mistura curiosa
Numa moita eu vi cinco,
que família carinhosa.
No parque de zoologia
Vi o Lobo da Tasmânia,
Bem quietinho, dormia,
Não sei se fazia manha.
No mesmo parque gigante,
Um casal de tigres brancos,
Tinha atitude elegante,
E o olhar firme e franco.
Vi também muita avestruz,
Gigante desengonçada,
Com a plumagem que seduz
E a corrida engraçada.
De tudo o que mais gostei,
(sentimento não se explica),
Foi a ave que comprei:
A linda Calopsita.
Ela hoje é companheira,
Canta muito, é flamenguista,
Faz barulho da torneira,
E do alarme que apita.
Não dá pra fazer a lista
De tudo o que vi por lá,
Vi coisas bem esquisitas,
Que no Continente há.
Um aborígene de aluguel,
Eu também vi no país,
E se prestava ao papel
De mostrar-se o infeliz.
Sua gente foi dizimada
E ele pra sobreviver,
Vive de cara pintada
Pra pagar o de comer.
Na Austrália, como aqui,
Não foi diferente não,
Mataram os donos dali,
Sem piedade ou compaixão.
Hull de La Fuente
CROCODILO AUSTRALIANO
Maninha, você tem sorte,
esses não lhe causam dano.
Eu vi um bicho de morte
- Crocodilo australiano.
O bicho dava rabada,
querendo comer a gente
com aquela boca, dentada,
terrível como serpente!
Mas chegou um caçador,
laçou o pobre animal.
E o bicho do terror
virou bolsa no varal.
(Milla Pereira)