Nossas Águas x Nossas Vidas

Águas doces
Águas salgadas
Águas azuis
Águas marrons
Águas escuras
Águas negras
Águas brancas
Todas sagradas!
Águas...
Dos rios
Das geleiras
Dos mares
Dos lagos e lagoas
Dos riachos
Do olho dàgua
Enfim, Águas que geram vidas
Lágrimas divinais
Oásis de vidas vindo dos céus
Ou do centro da terra
Aflorando no solo num gotejar sereno
A água é deusa da Caatinga
Na sua falta
As vidas dormem
Ou migram pra bem longe
Mas quando ela desce das nuvens
Acorda as vidas!!!
Trazendo logo
Um florescer deslumbrante
Magia se ver em toda parte
Com cantos em corais
De aves que retornam
E outras são migratórias
Que só chegam nesse período
Para se reproduzirem
Na Caatinga verdejante
E acordada!
Na caatinga onde há água
Há também celeiros
De onde brotam as vidas
Para nós da Mata Branca ou Caatinga
As águas são todas sagradas!
Precisamos ter amor a elas
E se delas não cuidarmos e preservarmos
Os Biomas rapidamente morrerão
E com eles também morrerá
Nossa MÃE! Nosso Planeta Terra
Porque tudo que nela vive
É gerado no seu ventre
E por ela alimentado...
Na Grécia Antiga
A Terra era chamada GAIA
Que significa DEUSA da Vida
E esses povos ancestrais á reverenciavam
E a amavam!
Porque em sua simples sabedoria
Sabiam da sua importância global
Para qualquer vida...
E para Nós Brasileiros?
Como será que pensamos na nossa terra?
Temos consciência de que ela é viva?
E por isso gera as vidas!
Ou apenas um planeta que gira ao redor do Sol
Poderíamos também reverenciar a Terra?
Ou será que vamos pensar que é pecado?
Afinal, não precisamos ser cientistas
Para sabermos que a Terra
É a Mãe das vidas...
Isso todos podem perceber.
Mas no geral, não a vemos como mãe
Nem consagramos seus elementos
Principalmente as suas Águas...
O nosso planeta tem sido
Um lugar para explorarmos
Ao nosso bel prazer!
Sem pensarmos que estamos
Numa esfera cósmica limitada
E nossa única casa coletiva
Em toda a galáxia...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal/18.02.2012
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 23/02/2012
Reeditado em 06/09/2020
Código do texto: T3514290
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