-Lá vem ela requebrando!
Gritam e gemem os afogueados
Ao ver a moça violão passando.
Estranha... A que deveria ser Frágil!
Gargalho de minha própria reflexão
Se fosse nomear as minhas formas
Eu diria...
-sou um ponto de interrogação.
Amo e respiro arte
E com ela faço amor
Ao tomar de súbito
os amores do artista.
Me apaixono loucamente pelo sábio
Pois na realidade
quero comungar com sua sabedoria.
Choro a saudade de um poeta qualquer
Em minhas preces juro amor eterno
O quero perto!
Mas na realidade
Quero me integrar a sua poesia.
Eu não amo simplesmente um corpo
Encanto-me pela alma
me enamoro por atributos
Eu não amo o que se mostra
Amo o que para muitos se faz oculto.
E por isso...
Amo a todos
E desejo tudo!
Pois na realidade
Amo a arte e o saber
reluzindo no homem em absoluto.