Energia Cigana

Certa noite adoeci e me pus de cama...

Período em que o tempo se fechou na tempestade

E vi ruir sonhos idealizados na flor da mocidade

Em que uma natureza inóspita ocultava onde o sol se escondia

Num céu cinzento que carregava a morte na homicida energia

Que devastava os campos e tudo deixava sem vida...

Aguaceiro hediondo provocou pane à eletricidade

E o espaço deserto trouxe o medo que acentua

Uma exaustão de desejos encapuzados pela vitrine da lua

Cujo brilho ofuscou teores na âncora da sensibilidade.

Vendaval macabro atiçou o voo sinistro da mortalha

E minha enfermidade dormitou na funesta madrugada

Envolta a macambúzias miragens da sinuosa estrada

Que mantinha meu corpo intrépido abandonado sobre a cama

Curtindo as atrocidades tétricas da noite cigana!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 04/02/2012
Código do texto: T3480236
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