Alma das águas
Alma das águas
O rio não se prende em duas margens,
Quando caem as chuvas de verão.
Seu corpo salta em silêncio do leito,
Abre os braços sobre a terra
E agarra o que pode com as mãos.
Leva a paisagem que o contempla,
E avança sobre quem não o respeita,
Sem tempo de olhar para trás.
Os rios têm vida, mas não têm alma,
E não sentem remorso jamais.