CREPÚSCULO

Noto o sol mudando suas cores,

Como se estivesse quase em transe,

Adquirindo tonalidades extasiantes,

Do amarelo claro até um alaranjado,

E depois passa a colorir as nuvens.

É o crepúsculo que vai então surgir,

Com magias dignas de uma aquarela,

Na qual o pintor coloca suas aptidões,

E extasiado sua mente capta as cores,

Para que seu pincel reproduza na tela.

Quer mostrar quanto é belo e majestoso,

Após uma jornada estafante no universo,

Da aurora quando acorda até seu repousar,

E nesse trajeto tem todas as atenuantes,

Do céu azul até nuvens negras ameaçadoras.

Nesse seu trajeto onde nunca se ausentou,

Dá vida às plantas após receberem as chuvas,

E a natureza em festa mostra seus esplendores,

Como as matas verdejantes enfeitadas de flores,

E os pássaros coloridos que partem em revoadas.

Quer brindar o universo de cores esfuziantes,

E as nuvens parceiras tornam-se vaidosas,

Recebendo coloridos que vão se esmaecendo,

Até se desfazerem quando o sol se põe,

Bem atrás dos montes onde irá repousar.

É a magia da natureza no entardecer sereno,

Que depois mostra os esplendores da noite,

Num manto escuro onde piscam as estrelas,

E depois num silêncio como numa expectativa.

A lua surge esplendorosa iluminando todo o céu.

21-01-2012