"INUNDAÇÃO...CATÁSTROFE EM PROSA E VERSOS"
Escurece o dia. É noite sem passar as horas.
Anuncia-se uma chuva, quer do Sul ou do Norte,
Não importa. Ela chega aos primeiros pingos fortes,
E aumenta e para e volta e até finge ir embora.
Mas, ela cai. Já molhando a terra, ela engrossa.
Ao longe, os primeiros sinais dos relâmpagos e trovões.
Ela vai caindo. As poças crescem... Entopem os valões.
Encharca a terra e enlameia tudo o quanto possa.
Enchem as ruas, e as praças se tornam lagoas.
Em minutos, de cada canto surge um rio furioso.
A chuva prossegue alienada, alternando-se em garoas.
E o tempo passa enquanto a chuva fica sem previsão.
Afunilam-se as saídas, e ela sobre ruas e calçadas
Ganha espaço, derrubando árvores, numa terrível ‘inundação’...
(ARO> CENAS DESCRITAS EM 1997)