"NAS ASAS DO VENTO"

Vento que ventila, menos a dor,

Que refresca tanto aqui quanto lá,

Que vem e vai sem se sossegar,

Que assanha os cabelos com humor.

Vento que sopra e levanta a poeira,

Que alinha e acomoda o areal,

Que espalha o perfume em tom natural,

Que revolta as ondas e atiça a fogueira.

Vento que surge do nada e desaparece

Deixando sua marca e até saudade

Levitando e enterrando sem ter maldade.

Vento que venta lá, mas daqui não esquece,

Limpando ou poluindo, de forma diferente,

Embala em tuas asas a fúria dessa gente!...

(ARO. 1995)

Profaro
Enviado por Profaro em 06/01/2012
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