"NAS ASAS DO VENTO"
Vento que ventila, menos a dor,
Que refresca tanto aqui quanto lá,
Que vem e vai sem se sossegar,
Que assanha os cabelos com humor.
Vento que sopra e levanta a poeira,
Que alinha e acomoda o areal,
Que espalha o perfume em tom natural,
Que revolta as ondas e atiça a fogueira.
Vento que surge do nada e desaparece
Deixando sua marca e até saudade
Levitando e enterrando sem ter maldade.
Vento que venta lá, mas daqui não esquece,
Limpando ou poluindo, de forma diferente,
Embala em tuas asas a fúria dessa gente!...
(ARO. 1995)