À visão do Mar
Numa rua, sem asfalto,
Ando, ando e, veio o mar.
Estou plena; só encanto.
Não há uma só grande onda
No mar que retrata o céu.
Como barcos de papel
As gaivotas voam alto;
Quero-quero a cantar
Não esquece a sua ronda
Traz alegria no canto...
Qualquer um esquece o pranto
Sofrimento fica ao léu
Como gaivotas, no ar...
(Como de Deus ando falto)
Faço da min’alma a sonda...
ELE ouve minh’alma hedionda
Mandou-me esse mar e tanto
Que na minha mente exalto;
Faz-me um ser de papel
Que a beleza vem cantar...
Leve; estou a levitar...
O amor me leva em sua onda,
Deixo na areia o farnel
Que impede o planar. No entanto,
O amor na terra ressalto!...