Quando Corro
Quando corro
Escuto a voz do vento,
Convidando-me a meditar.
Traz-me na voz
Do além distante,
Em sua brisa,
A pureza, o aroma do ar.
Quando corro
Levito e sonho,
Pensamento sempre solto no ar,
Captando do sol ou da chuva
Todos os bens que
O Criador quer dar.
Quando corro
Entro em doce transe e oração.
Cada passada é
Uma conta do terço,
Nesse templo tão belo da vida,
Em que o corredor,
O verde e o azul do infinito
Entram em paz
E perfeita comunhão.
Esta é a forma singela e bonita,
Seja no frio inverno ou
No quente verão,
Correndo por estradas e bosques,
De o corredor fazer sua oração...
Tributo a Dintinho - Benedito Pestana Barbosa