Cemitério dos Infelizes
Vendavais sacodem a terra,
Pântanos digerem destroços,
Sepulcros recebem os corpos
De humanos que a vida dilacera.
O sol escurece ao meio-dia,
Chuva ácida inunda os campos,
Na noite escondem-se os pirilampos
Deixando no deserto minha agonia.
A lua cheia torna-se vazia,
Meteoros poluem os rios,
Mares provocam arrepios
Nos suicidas de mente fria.
Águas barrentas destroem as estradas
E a vida expira sob as enxurradas...