A CHUVA QUE ARRASA E A MINHA INÉRCIA
Chove, contínua e torrencialmente!...
E o som da chuva ao bater na janela
Juntam-se a ela, relâmpagos, trovoadas
... Assustando-me !
Nessa sintonia descompassada ...desafinada!
Prenuncio de devastação... numa temida enxurrada!
Sinais incontestáveis da natureza ... em revolta!
Sofro em saber que o homem é um inconsequente
Sendo vitima de sua própria saga... sua ganância!
Desrespeita o meio em que vive...pela imponência!
Julga-se o dono do mundo... é magnificência!
Vive fingindo não saber as trágicas conseqüências
Resultantes fiéis de sua fragilidade e impotência .
Chove também em minha alma angustiada
Por causa dessa inércia... nessa, quase omissão!
E por esse medo que a envolve... me culpa!
Confirmando a minha ausência... na solução!
Talvez... quem sabe se na união dessas vertentes
Eu possa encontrar a razão e a coerência de mãos dadas
E descobrir o que significa a minha pequenez realmente
No porque, por mais que desejasse, não pude fazer nada!
Sigo meditando ao escutar o som da destruição
Deixo lágrimas de remorso escorrerem pelo rosto
Rezo em silêncio, pedindo e implorando...perdão!!!