Da natu(reza) para a natu(reza).
Põe poente nesta grandeza,
Ausente a tristeza neste arrebol,
Deslumbrante espetáculo de nobreza,
Mais um dia escuro com este por do sol...
Nós aplaudimos a estrela gigante,
Que nasce em seus raios ofegantes,
Tua majestade é fixa e errante,
Faz com que todos pareçam elegantes...
Ao deparar-me com a minha sepultura,
Quero um mínimo de reflexo teu,
Neste corpo fétido, escondido e impuro,
Escuridão em te reconheço quem sou eu...
Nestes meus últimos momentos,
Com os meus restos mortais ao relento
Sem olhos, sem língua e sem movimentos,
Procuro por luz, por água estou sedento...
Posso afirmar ao firmamento,
Que é este o pior dos momentos,
Depois de todos os sofrimentos,
Este que vivo agora neste momento...