FOME: uma guerra silenciosa
Na beleza de viver,
Encontro a arte da vida,
Neste grande prazer,
Eternizo minha ida.
Nunca volto e nem paro,
Estou sempre procurando,
Em meus momentos raros,
Seguir em frente caminhando.
São poucas as oportunidades,
Que para o bem me conduz,
Nas entrelinhas as maldades,
Só busco encontrar a luz.
Veja uma árvore, dali ela não sai,
Os animais irracionais e os racionais,
Cada qual em seus reinos, minerais e vegetais,
Um ser humano não irá ser, uma árvore jamais.
Quer conhecer uma organização,
Observe a natureza, esta imensidão,
Nela nada é feio e nem pecado,
Apenas o ser humano criou a especulação.
O progresso é bonito é uma evolução,
O asfalto é limpeza, sem poeira, sem poluição,
Lembraram do conforto, da satisfação,
Esqueceram que sem árvores provoca a erosão.
E assim já destruímos o nosso torrão,
É irreversível a nossa ambição,
Que pena se chegar a esta conclusão,
Se continuamos morrendo por INANIÇÃO.
Diante de toda a destruição,
E tívessemos a satisfação,
Em dizer que houve a erradicação,
Da fome, que isto sim é uma maldição.
Revoltas são constantes,
Em todos os níveis sociais,
Grupos saem errantes,
Vivendo grandes vendavais.
Colocamos culpa no criador,
Sem reflexão e nem pudor,
Só está em nós toda a dor,
Criamos a bala, o fuzil e o andor.
Mentalidade de merecidos,
Se somos tão fingidos,
Como queremos ser servidos,
Se merecemos só castigos.
O criador nos deu tudo, e até se arrependeu,
Quando se deparou com, o que tinha inventado,
Não é novidade que existam os ateus,
Pra desacreditar que estejam vivos, ô coitados!
Faz sentido sua admiração,
Fazem da vida uma perseguição,
Fariseus por determinação,
Nem tem idéia de quantas reencarnação.