"PÂNICO"
Nega-se o fim do mundo
Enquanto a vida passa em segundos.
Nega-se a extinção da vida
Enquanto seu fim se consolida.
Prega-se a paz das raças
Enquanto se revoltam as massas.
Prega-se a preservação do natural
Enquanto se destrói o real.
Enquanto isso a natureza morre,
Pois o tempo, se não voa, corre
Numa marcha acelerada e irreversível
Levando o pânico a toda gente
Que agindo descontroladamente
Nega o que faz e prega o impossível.
(ARO. 1997)