Brincando de roda
As folhas que o vento faz rodar na varanda
olham para mim,
rodopiam feito crianças
se desdenham para si.
O lugar,
que agora,
não limpo
de beleza se faz cor
festejam confetes
se acabam em amor.
O vento vai
o vento volta
e elas em conversas e prosas.
Em cada giro o verde se espalha
faz no chão parecerem migalhas,
migalhas essas
do eterno agora.
Se não eu
se não tu
quem verá a gigante glória?
Em beijos de rodas
vão pelas ruas
girando entre elas
e dançando quase nuas.