RIOS CAMINHAM PARA AMAR O MAR
Versos alternados, na junção do bate-rebate poético de
Fernando A. Freire & Dorinha Araújo , publicados em
27 de outubro de 2011 na página de Fernando aqui no RL
ATENDENDO ÀS SOLICITAÇÕES DOS AMIGOS:
Os versos em maiúsculo são de autoria do poeta Fernando A. Freire, e os em minúsculo, são de Dorinha Araújo.
Grata e beijos a todos que aqui vem nos ler.
SUAS ÁGUAS PASSAM EM SOLUÇOS,
A poesia como embuços
ENTRE AS MARGENS DEBRUÇADAS,
Lágrimas acovardadas
PARECEN PARADAS!
Escorrem taciturnas,
DE DIA, LIVRE TRAVESSIA,
Despejo silêncioso.
DESCANSO...
O rio já manso,
REFLETE O SOl
Que brilha em prol
RAIOS DE ESPERANÇA,
Trazendo bonança
DE NOITE SE TREVAS,
És força, me elevas.
REFLETEM AS BRUMAS
E minh'alma perfumas
ESTRELA NENHUMA
Ergues-me a cabeça, a aprumas
SE NÃO, REFLETEM A LUA
E a vida continua
ESCUTAM NOSSOS DIZERES,
Ignoram os revezes
NOSSAS VITÓRIAS
Tristezas ou glórias
NOSSOS LAMENTOS
Amores, encantamentos
QUE ROLAM CÉLERES,
Não mais desesperes.
NO MESMO CAMINHO,
Inda que sozinho
LÍMPIDO OU LAMACENTO,
Prossiga sem lamentos!
AS ÁGUAS AGITADAS,
Agora acomodads
NAS MÁGOAS PASSADAS,
Já perdoadas
OLHO D'ÁGUA PERENE,
Que corre solene
ÁGUAS SERENAS,
Agora mornas, amenas
LÁGRIMAS ROLADAS,
Caídas ao chão,...
ALMAS LAVADAS,
Pedras esculpidas,
VIDAS CEIFADAS,...
Mensagens gravadas,...
TUDO ARRASTADO.
Caminho eternizado
PASSAM AS ÁGUAS
Deixam suas marcas
CAMINHO ENSINADO
Aprendido, seguido.
REDEMOINHOS,...
Se dissipam pelos caminhos.
OUTRS ÁGUAS RECEBEM,
Se unem, as pedras erguem
E A TERRA EMBEBEM
Se espalham
COBERTAS DE CÉU
Qual coroa ou véu
ESCULPEMS AS PEDRAS
Que superando as perdas
NÃO TEMEM AS QUEDAS
Temperam a prória vida
SABEM SALTAR
Tentando recomeçar
SALTAM FEITO BAILARINAS
Vecem as ruínas
SOLO NAS SALINAS
Pois tem como sina
NUM PALCO DE ÁGUAS
Sem dores nem mágoas
DE BRAÇOS COM O MAR
O dom de amar
Fernando A. Freire & Dorinha Araújo