"CHUVAS DE MARÇO"

E o tempo se inclina às cargas pluviais

Nuvens carregadas sombream por toda cidade

Não fossem os relógios, dia e noite seriam iguais,

E elas deságuam com excessivas vontades.

“São as águas de março molhando o verão...”

Disse o poeta com simplicidade e carinho

Mesmo assim elas não abdicam da razão

De alagarem e destruírem tudo pelo caminho.

Molhando mais que a necessidade em alusão

Seguem elas enchendo esgotos, criando valas

Tirando o sossego das gentes humildes das favelas.

Enquanto no Norte, nessa mesma estação,

Por mais estranho que seja, essa chuva se cala,

E mantém seco o chão de suas ruas e vielas.

Profaro
Enviado por Profaro em 14/10/2011
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