"CHUVAS DE MARÇO"
E o tempo se inclina às cargas pluviais
Nuvens carregadas sombream por toda cidade
Não fossem os relógios, dia e noite seriam iguais,
E elas deságuam com excessivas vontades.
“São as águas de março molhando o verão...”
Disse o poeta com simplicidade e carinho
Mesmo assim elas não abdicam da razão
De alagarem e destruírem tudo pelo caminho.
Molhando mais que a necessidade em alusão
Seguem elas enchendo esgotos, criando valas
Tirando o sossego das gentes humildes das favelas.
Enquanto no Norte, nessa mesma estação,
Por mais estranho que seja, essa chuva se cala,
E mantém seco o chão de suas ruas e vielas.