RIOS CAMINHAM PARA O MAR * RIOS CAMINHAM PARA AMAR
SUAS ÁGUAS PASSAM EM SOLUÇOS/ A poesia como embuços
ENTRE AS MARGENS DEBRUÇADAS/ lágrimas acovardadas
PARECEM PARADAS! / escorrem taciturnas
DE DIA, LIVRE TRAVESSIA, / em despejo silencioso
DESCANSO... / o rio já manso...
REFLETE O SOL. / que brilha em prol
RAIOS DE ESPERANÇA. / trazendo a bonança
DE NOITE, SE TREVAS, / és força, me elevas
REFLETEM AS BRUMAS / e minh'alma perfumas
ESTRELA NENHUMA. / ergues-me a cabeça, ....................................... a aprumas.
SE NÃO, REFLETEM A LUA / a vida continua
ESCUTAM NOSSOS DIZERES, / ignoro os revezes
NOSSAS VITÓRIAS / tristezas em glórias
NOSSOS LAMENTOS, / amores, encantamentos
QUE ROLAM, CÉLERES / não mais desesperes
NO MESMO CAMINHO, / inda que sozinho
LÍMPIDOS ou LAMACENTOS. / sem lamentos.
ÁGUAS AGITADAS, / agora acomodadas
NAS MÁGOAS PASSADAS / já perdoadas
OLHO D´ÁGUA PERENE, / que corre solene
ÁGUAS SERENAS, / agora mornas, amenas
LÁGRIMAS ROLADAS, / caídas ao chão...
ALMAS LAVADAS, / pedras esculpidas
VIDAS CEIFADAS... / mensagens gravadas...
TUDO ARRASTADO. / caminho eternizado
PASSAM AS ÁGUAS / deixam suas marcas
CAMINHO ENSINADO. / aprendido, seguido
REDEMOINHOS... / se dissipam pelos caminhos
OUTRAS ÁGUAS RECEBEM / se unem, as pedras erguem
E À TERRA EMBEBEM / e espalham
COBERTAS DE CÉU. / qual coroa ou véu.
ESCULPEM AS PEDRAS / que superam as perdas
NÃO TEMEM AS QUEDAS / temperam a própria vida
SABEM SALTAR / tentando recomeçar
SALTAM FEITO BAILARINAS / vencem as ruínas
SOLO NAS SALINAS / pois têm como sina
NUM PALCO DE ÁGUAS / sem dores, nem mágoas,
DE BRAÇOS COM O MAR. / o dom de amar.
(Fernando Freire) (Dorinha Araújo)
SUAS ÁGUAS PASSAM EM SOLUÇOS/ A poesia como embuços
ENTRE AS MARGENS DEBRUÇADAS/ lágrimas acovardadas
PARECEM PARADAS! / escorrem taciturnas
DE DIA, LIVRE TRAVESSIA, / em despejo silencioso
DESCANSO... / o rio já manso...
REFLETE O SOL. / que brilha em prol
RAIOS DE ESPERANÇA. / trazendo a bonança
DE NOITE, SE TREVAS, / és força, me elevas
REFLETEM AS BRUMAS / e minh'alma perfumas
ESTRELA NENHUMA. / ergues-me a cabeça, ....................................... a aprumas.
SE NÃO, REFLETEM A LUA / a vida continua
ESCUTAM NOSSOS DIZERES, / ignoro os revezes
NOSSAS VITÓRIAS / tristezas em glórias
NOSSOS LAMENTOS, / amores, encantamentos
QUE ROLAM, CÉLERES / não mais desesperes
NO MESMO CAMINHO, / inda que sozinho
LÍMPIDOS ou LAMACENTOS. / sem lamentos.
ÁGUAS AGITADAS, / agora acomodadas
NAS MÁGOAS PASSADAS / já perdoadas
OLHO D´ÁGUA PERENE, / que corre solene
ÁGUAS SERENAS, / agora mornas, amenas
LÁGRIMAS ROLADAS, / caídas ao chão...
ALMAS LAVADAS, / pedras esculpidas
VIDAS CEIFADAS... / mensagens gravadas...
TUDO ARRASTADO. / caminho eternizado
PASSAM AS ÁGUAS / deixam suas marcas
CAMINHO ENSINADO. / aprendido, seguido
REDEMOINHOS... / se dissipam pelos caminhos
OUTRAS ÁGUAS RECEBEM / se unem, as pedras erguem
E À TERRA EMBEBEM / e espalham
COBERTAS DE CÉU. / qual coroa ou véu.
ESCULPEM AS PEDRAS / que superam as perdas
NÃO TEMEM AS QUEDAS / temperam a própria vida
SABEM SALTAR / tentando recomeçar
SALTAM FEITO BAILARINAS / vencem as ruínas
SOLO NAS SALINAS / pois têm como sina
NUM PALCO DE ÁGUAS / sem dores, nem mágoas,
DE BRAÇOS COM O MAR. / o dom de amar.
(Fernando Freire) (Dorinha Araújo)