Chuva

Deitado na terra seca, na grama morta

Desfaleço no ardor da secura

Componho sonetos de alma torta

(tortura)

Contemplo o tempo

O ócio

O ausente vento

No tempo quente, anseio ardente pela chuva

E eis que ela vem, imponente, soturna

Eis a nuvem negra, majestosa chuva

Gélido verão

Que vem na nuvem negra, pleno em loucura

Que pelo relâmpago esbraveja

E pelo trovão resmunga

O vento da chuva sopra a poeira

A água lava a cidade e lameia o subúrbio

No céu, a nuvem lampeja

E deitado na grama eu ouço seu murmúrio

A tempestade de fim de ano

Os ventos trazem as chuvas

É a época em que chora o céu

O tempo a lamentar minhas lamúrias

O vento sopra a poeira da seca

As gotas refrescam a face incandescente

Trovões ilustram o caos eloqüente

Minha alma revive em refrescante beleza

No caos da natureza!

(Setembro de 2007)

Wesley El Nino Silva
Enviado por Wesley El Nino Silva em 07/10/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3263489
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