BRISA

Ah brisa que me segue e me sopra silenciosa

Não traz o atribulado vento turbulento e confuso

Continua monótono vazio aos outros em seu turno

Em sua rotina me traz lembranças e mesmo diurno

No rio turvo em sua calma, aguardente sem chuva

Lembra os ébrios e a mim mesmo

Tão quieto em meu ostracismo

Hoje violado, ignorado

Introvertido comunicativo e de percepções ignoradas

Os “outros” não entenderiam

O que dizer a prole que também faço parte

Pátrida ainda sou,

Ao mundo pertenço mesmo que não o tenha

Busco no vento, lembranças apenas

Sou pequeno, mas mato o eu pra dar vida ao outro

Sacrifício não fora

Viver apenas consigo

Morrendo à cada pouco

Retornando no novo

E caindo à cada passo

Em fim ficando

Sempre e sempre

VELHO!

Ah brisa que sopra suave

Não traz o vento

Seja bom comigo

Afasta a tempestade

Nas águas turvas do contento

jonnez
Enviado por jonnez em 06/10/2011
Código do texto: T3262170
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