BRISA
Ah brisa que me segue e me sopra silenciosa
Não traz o atribulado vento turbulento e confuso
Continua monótono vazio aos outros em seu turno
Em sua rotina me traz lembranças e mesmo diurno
No rio turvo em sua calma, aguardente sem chuva
Lembra os ébrios e a mim mesmo
Tão quieto em meu ostracismo
Hoje violado, ignorado
Introvertido comunicativo e de percepções ignoradas
Os “outros” não entenderiam
O que dizer a prole que também faço parte
Pátrida ainda sou,
Ao mundo pertenço mesmo que não o tenha
Busco no vento, lembranças apenas
Sou pequeno, mas mato o eu pra dar vida ao outro
Sacrifício não fora
Viver apenas consigo
Morrendo à cada pouco
Retornando no novo
E caindo à cada passo
Em fim ficando
Sempre e sempre
VELHO!
Ah brisa que sopra suave
Não traz o vento
Seja bom comigo
Afasta a tempestade
Nas águas turvas do contento