AS CHUVAS DO MEU SERTÃO

As chuvas do meu sertão

molhavam a terra e alma do povo

que ria, chuva bênção, cheiro bom

as plantas cresciam, verdes

os riachos corriam, límpidos

a alma sorria, livre

meu sertão

rir com as chuvas

(cócegas na alma)

ser tão puro quanto a chuva,

límpido como os riachos,

sem represa...

e sem pressa

tão livres que brincavam

com os pés

riso infante da alma

quase divino

lindo

só no sertão tinha essas

chuvas benditas à alma

alimentando a terra

tornando verde as plantas

um manto de proteção

mas que água, bênçãos

lição

alimento vivo ao vivo povo

que com força sorria

como um verde a brotar no chão

chuva-bênção ao ser

tão livre quanto limpo...

só lá no meu sertão.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 30/09/2011
Código do texto: T3250682