AS CHUVAS DO MEU SERTÃO
As chuvas do meu sertão
molhavam a terra e alma do povo
que ria, chuva bênção, cheiro bom
as plantas cresciam, verdes
os riachos corriam, límpidos
a alma sorria, livre
meu sertão
rir com as chuvas
(cócegas na alma)
ser tão puro quanto a chuva,
límpido como os riachos,
sem represa...
e sem pressa
tão livres que brincavam
com os pés
riso infante da alma
quase divino
lindo
só no sertão tinha essas
chuvas benditas à alma
alimentando a terra
tornando verde as plantas
um manto de proteção
mas que água, bênçãos
lição
alimento vivo ao vivo povo
que com força sorria
como um verde a brotar no chão
chuva-bênção ao ser
tão livre quanto limpo...
só lá no meu sertão.