A despedida.
Já vejo tão longe
A terra tão nua
As flores e matas
Com pouco cheiro de primavera.
Árvores escassas
O verde calmante
Rios cristalinos
Cascatas a cantar
A dança das águas
Lá do alto a jorrar.
A suavidade
O som a emoção
O canto emudecido
Que morre no coração.
Os recantos tão lindos
Hoje tão poluídos
Aonde vão
Onde ficarão todos os animais.
As aves
Já não encontram um lugar
Para morar fazer ninhos
Quase não se ouvem cantar.
Tudo parece distante
A natureza parece chorar
A se despedir
Pedindo como ultima esperança
Que o mundo possa acordar
Que haja reação
Renovação em cada coração.
Cláudio Domingos Borges.