FILHO DA MÃE NATUREZA
O vento beija o meu rosto
o sol de outono esquenta
o meu corpo moreno
estamos no mês de setembro
acabei de levantar da cama
não sei que horas são
nem qual é o dia da semana
sentei de frente pro mar
escuto a sinfonia
das águas salgadas
elas me tranquilizam
me dão paz
vim compartilhar com
a Mãe natureza é
agradecer o que ela me oferta
vejo garças se alimentando
da pesca
gaivotas fazem festa
e um martim-pescador acabou de cantar
Ao longe escuto as buzinas de carros
esse som bizarro
eles passam alí na ponte
eu olho pro verde do morro,
vejo o azul
do horizonte
veem as lembranças
do tempo de criança
me remetem a minha infãncia
fico triste
hoje o mar é mais poluído
o vento é mais quente,
tudo pelo efeito
estufa
os pássaros são mais raros
e eu sou mais velho
tenho chagas do mundo moderno
eu não sonho mais
como um menino
que andava descalço
mergulhava no mar
eu também fui filho
da mãe natureza
ela também me criou,
hoje o menino cresceu
parece que
ele esqueceu da Mãe Natureza