Viva a Liberdade!
Na janela dos silos
De uma casa de fazenda
Um casal de passarinhos transeuntes
Viram um velho chapéu dependurado:
Não pediram licença ao dono
E e logo dele se apossaram!
O casal começou a construir seu ninho,
Não desconfiavam que uma certa menina
De longe lhes espreitava!
Dia a dia traziam gravetinhos
E preparavam o bercinho
Dos filhotes que esperavam!
Lugar melhor não havia,
Pela manhã batia sol dourado,
À tarde sombra e brisa ali chegavam!
Terminada a empreitada
A mamãe passarinho pos ali quatro ovinhos
E encima deles por longo tempo se deitava!
Por fim as cascas romperam
E quatro filhotes pelados nasceram!
A mamãe o dia todo is buscar comida
Para os esfomeados bebês:
De longe trazia sementinhas, insetos
E lagartinhas
E com o seu próprio bico
Na garganta deles depositava!
Sendo mãe de quadrigêmeos
Não sei se ela sabia o qual tinha alimentado!
Os filhotes devagar foram emplumando
E a menina curiosa continuava observando!
À noite a cuidadosa mamãe
Os cobria com suas asas!
Certo dia, já cuidados e emplumados
Prá longe bateram as asas
Prá cuidar de si sozinhos!
A mamãe deixou o ninho
Foi buscar novos carinhos
A menina então pensava:
“Como é bom ser passarinho,
Não pede licença, não paga aluguel,
Não tem patrão nem supervisor
Executa seu trabalho com amor
E sem nenhuma cobrança
Emancipam seus filhinhos!”