A NATUREZA

Era uma vez, nada!

Mas, certo dia,

não se sabendo quando,

nem sua duração,

por ordem Suprema,

tudo foi criado: o universo,

com isto e aquilo,

céu, mar, montanhas, campos...

e beleza.

Céu, o imenso azul do engano ótico,

Manchado por pomposas brancas nuvens

que estão a vagar no seu sempre caminho.

Mar, sim, o teimoso mar

Que muitas vezes raivoso ou calmo,

Está a quebrar nas brancas areias

Ou a debater em aguçadas rochas,

de sinônimo forte.

Montanhas?

Por que não subir aos picos dos montes

e contemplar a majestade de seu poderio,

deliciar as sombras e claros da lua branca

no brincar de se esconder,

e em dias quentes sentir o sol com seu calor real,

respirar o ar puro em perfume da flores

ou de ditosas florestas.

O campo, muitas vezes tão árido,

seco e de torrão, sem vestígio de vida,

tudo a fumegar, castigado está pelo momento.

Pergunto eu: está morto?

Respondo: ´Não, passa instante de vida latente.

Porque, cai a chuva, molha o árido, dá-se o toque misterioso,

Torna-se fértil, floresce a erva, transformado foi,

Aí está o Tapete da Esperança

Não somente verde

De o colirido das

Flores, viu? Quão

Quão belo é a natureza

Quão grande é Criador!

Jatanael Moreira e Silva

Maceió, 22 de janeiro de 1969

Jatanael Moreira e Silva (in memoriam)
Enviado por Jatanael Moreira e Silva (in memoriam) em 26/08/2011
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