Memórias avulsas
Ouvir o triste canto da seriema
Nos arredores, e as gaivotas
Exibindo suas últimas notas,
Eram folhas solta da arena...
A máscara da cruel pantera,
No furor, a gargalhar o espaço,
O pulmão avulso, e o bafo
Sem concerto, fez-se esfera!
Ó abismo de lástima e mistério!
Vós, no silêncio das horas,
Tens a ternura que a devoras,
Toda a pátria de pavor e tédio!
No brilho solitário da lua alta,
Deliram as vestes de meu avô;
Gritam a honra e o teu valor
Sobre a terra, e no céu salta
Feito raio que funde a memória,
Da tua numerosa semelhança;
Ó deleitada e sentida esperança,
Descansa em paz, a tua história!...
Cauteloso és o rio que passa
E leva a Infinda mágoa contigo.
És o único leito a partir florido
E nunca mais volta, a fonte casta!