As praças
As praças
Alguns anjos, quando vêm à terra,
Desses que chegam para amenizar
O coração dos homens,
Sempre pousam nas praças.
Elas lembram, mesmo que de longe,
Pedaços do paraíso.
E lá se misturam ao riso das crianças,
Às cores que brotam da terra,
À brisa suave que envolve de mansinho
O olhar de quem só espera as horas passar.
Brincam de encontros e desencontros
Com aqueles que na praça,
Ainda vêm namorar.
Ninguém vê esses anjos
Se não traz no coração,
O apego dos jardineiros,
Guardiões anônimos do paraíso na terra.
E enquanto homens se lembrarem
De praças construir,
Sempre haverá uma ponte entre o céu e a terra,
E os anjos nunca deixarão de vir.