PASSARO TRISTE!

Trinca ferro canta triste

A qualquer momento e hora

No alto daquele prédio imponente

Na minha rua preso na gaiola.

Vive em selva de concreto e folhas de vidro

Longe de seu habitat natural

Salta freneticamente por instinto

Como se estivesse de galho em galho.

Seu cantar é triste na prisão

Por estar só sem companhia

Preso por egoismo e ambição

No alto do prédio vive sozinho.

Outrora vizinhos junto à natureza

Vivíamos felizes e pacificamente

No prenunciar de um novo dia

Livre cantava alegremente.

Triste como aquele pássaro

Vivo preso em liberdade

Ao meio a poluição e a frenética lida

Entre prédios pelas ruas da cidade.

Pedro Ferreira Lima
Enviado por Pedro Ferreira Lima em 16/08/2011
Reeditado em 09/11/2011
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