Ainda quero sorrir
Quando olho para fora
A primeira coisa que vejo...
...bom, não sei dizer.
Não sei para que lado olho primeiro,
Se é para uma árvore de poucas folhas,
Ou para inúmeras e vastas fabricas.
Não sei se olho para o cachorro que brinca,
Ou para o ladrão que foge porque matou.
Se eu escolher olhar para o lado
Que ainda possui cor,
Vou crescer junto com algumas mentiras.
Já se eu olhar para o lado cinza,
Crescerei inibido de sonhar.
Eu gostaria de decidir.
Mas é uma escolha muito árdua.
E se o homem pudesse me ajudar?
Outra dúvida que tenho:
Será que ele me ajudará,
Se é ele que causa a maior parte disso?
É ele quem montou uma fábrica,
Onde uma vez eu ficava embaixo de árvores.
Foi ele quem começou a matar por dinheiro,
Ou ficar na moda por causa da mídia.
Eu não gostaria
De ter que acordar todo dia
Com o som de uma serra
Cortando a árvore em que está meu balanço.
Gostaria de tentar salvar o mundo,
Outras crianças e eu
Queremos ter um lugar para brincar,
Uma floresta para passear
E um rio para nos jogar.
Mas e se não tivermos mais esta oportunidade?
Se a ultima árvore for cortada,
O rio onde um dia brinquei,
Secar.
O Planeta morrera
Em preto de poluição e luto
E nós,
Que um dia tivemos uma vida de cores
Não veremos mais o céu.
Fecharemos os olhos
E acabaremos caindo para sempre.