CHUVARADA
Através da vidraça
olho a chuva cair,
resvalar pela calçada,
colear pela sarjeta
e como animal guloso,
engolir tudo que passa.
A noite engole o dia,
de luto se cobre o céu!
Até o sol, amedrontado,
fica logo todo arisco,
oculta-se entre as nuvens,
para não ver o corisco!
De repente,
tudo acaba, tudo cessa,
tudo pára!
O dia fica molhado,
o asfalto fica lavado!
O sol volta a brilhar retraído,
encabulado por tentar se ocultar!
Até a tristeza da gente
foi-se com a torrente,
que se quedou no passado!
Através da vidraça
olho a chuva cair,
resvalar pela calçada,
colear pela sarjeta
e como animal guloso,
engolir tudo que passa.
A noite engole o dia,
de luto se cobre o céu!
Até o sol, amedrontado,
fica logo todo arisco,
oculta-se entre as nuvens,
para não ver o corisco!
De repente,
tudo acaba, tudo cessa,
tudo pára!
O dia fica molhado,
o asfalto fica lavado!
O sol volta a brilhar retraído,
encabulado por tentar se ocultar!
Até a tristeza da gente
foi-se com a torrente,
que se quedou no passado!