Bichano
Coelhos que se cruzam.
Nos cruzamentos se batem.
Como portas que fechadas ficam.
Sobram as magoas, ficam somente os coelhos.
Flechadas assertivas ao meu coração
A confiança morre, morre a poesia.
Coelhos se cruzam nas noites escuras
Em cruzamentos macabros deixam-se as lembranças.
Nada de adeus, apenas até mais.
Sem despedidas, apenas um tchau.
Sem memória falece no lar a paz.
Tolos acreditam em coelhos.
Homens valorizam os lobos.
Mas ao fim só ficam os coelhos.
As pelúcias.
As tristezas.
As lagrimas.
Os traumas.
As náuseas.
Ficam os coelhos...