Bichano

Coelhos que se cruzam.

Nos cruzamentos se batem.

Como portas que fechadas ficam.

Sobram as magoas, ficam somente os coelhos.

Flechadas assertivas ao meu coração

A confiança morre, morre a poesia.

Coelhos se cruzam nas noites escuras

Em cruzamentos macabros deixam-se as lembranças.

Nada de adeus, apenas até mais.

Sem despedidas, apenas um tchau.

Sem memória falece no lar a paz.

Tolos acreditam em coelhos.

Homens valorizam os lobos.

Mas ao fim só ficam os coelhos.

As pelúcias.

As tristezas.

As lagrimas.

Os traumas.

As náuseas.

Ficam os coelhos...

guido campos
Enviado por guido campos em 27/07/2011
Reeditado em 20/07/2013
Código do texto: T3122847
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