*FIM DE TARDE
O olhar deita na tarde que se finda
O sol disfarçado foge do lento dia
Na água o reflexo tremula agonia
Espera a volta da claridade, ainda
Que as luzes da noite se deleitem
Feito vaga-lume bordando o Céu
Encontro nesta hora muito além
Resíduos de saudades canto fiel
Tudo é silêncio na penumbra aqui
No meu olhar sereno, vem à noite
O som das águas eu ouço bem ali
Deitada na areia da praia o açoite
Das ondas num vai e vem suave
Fingindo fragilidade ao seu dilema
Missão que a natureza sem maldade
Ordena labuta diária em cantilena
Quem há de olvidar de tal poder
Da força sobre nós pobres criaturas
Capazes de criar no frágil padecer
Mistério sob nós sonho é aventura
sonianogueira
FIM DE TARDE
Um talvez na agonia das horas
A palavra “NUNCA” será dita
A atitude ”BASTA” inflama
E queima as projeções
Persuasivas...
Uma música!
“Do you understand?
Não, ainda não entendo...
Mas, é preciso vestir-me de coragem
Encarar a noite escura
Embora todas as luzes já se acendam
O escuro, a nuvem plúmbea visita a imagem
E torna-se cúmplice de minha paisagem...
Um cachecol meio tecido em preto e branco
Amarras de agulhas da cor rosa
Dali a pouco estará perfeito
Para aquecer a pele fria do meu colo nu...
Um ontem em noite de brilho
Um hoje se vai para a vida por um fio
E a sede de calor invade a sede de um colo amigo
E a sede das verdades transborda em vias
A inundar o olhar amedrontado
Banhando-me a face que tanto sorria
Quem sabe, o mirar-se na perdição do tempo
Abra uma fenda do entendimento
Enquanto vou bebendo da ânsia
Renasce a gota que faltava
E invade-me a esperança
De uma senhora noite de luzes
De abraços, nos braços da música
Nas mãos que desenham caminhos
Rendados de sonhos de amor...
Graça Campos, 16/06/2011.
CAMPOS, Graça. Poema. FIM DE TARDE.
O olhar deita na tarde que se finda
O sol disfarçado foge do lento dia
Na água o reflexo tremula agonia
Espera a volta da claridade, ainda
Que as luzes da noite se deleitem
Feito vaga-lume bordando o Céu
Encontro nesta hora muito além
Resíduos de saudades canto fiel
Tudo é silêncio na penumbra aqui
No meu olhar sereno, vem à noite
O som das águas eu ouço bem ali
Deitada na areia da praia o açoite
Das ondas num vai e vem suave
Fingindo fragilidade ao seu dilema
Missão que a natureza sem maldade
Ordena labuta diária em cantilena
Quem há de olvidar de tal poder
Da força sobre nós pobres criaturas
Capazes de criar no frágil padecer
Mistério sob nós sonho é aventura
sonianogueira
FIM DE TARDE
Um talvez na agonia das horas
A palavra “NUNCA” será dita
A atitude ”BASTA” inflama
E queima as projeções
Persuasivas...
Uma música!
“Do you understand?
Não, ainda não entendo...
Mas, é preciso vestir-me de coragem
Encarar a noite escura
Embora todas as luzes já se acendam
O escuro, a nuvem plúmbea visita a imagem
E torna-se cúmplice de minha paisagem...
Um cachecol meio tecido em preto e branco
Amarras de agulhas da cor rosa
Dali a pouco estará perfeito
Para aquecer a pele fria do meu colo nu...
Um ontem em noite de brilho
Um hoje se vai para a vida por um fio
E a sede de calor invade a sede de um colo amigo
E a sede das verdades transborda em vias
A inundar o olhar amedrontado
Banhando-me a face que tanto sorria
Quem sabe, o mirar-se na perdição do tempo
Abra uma fenda do entendimento
Enquanto vou bebendo da ânsia
Renasce a gota que faltava
E invade-me a esperança
De uma senhora noite de luzes
De abraços, nos braços da música
Nas mãos que desenham caminhos
Rendados de sonhos de amor...
Graça Campos, 16/06/2011.
CAMPOS, Graça. Poema. FIM DE TARDE.