Seguia logo cedo meu caminho atenta à direção.
Carros que iam e que vinham, transeuntes a passar.
De pronto para o meio fio enviei minha atenção
Florzinhas brancas pequeninas. Eu não podia parar.

Que  elas queriam? Tentava eu adivinhar.
Estavam ali junto ao meio fio, carros, poluição
Muita gente por elas toda hora a passar
Não estavam dando-lhes a devida atenção?

Mas fiz um compromisso, uma promessa
Voltaria daí a pouco e iria com elas falar
Descartar-me-ia do descaso e da pressa
Conversaria. Até uma foto eu iria tirar.

Voltei pra elas conforme havia prometido
Apresentei-me. Tão miúdas e lindas que são!
Façam pose, sorriem, troquem os vestidos
Quero uma foto linda, uma recordação.

Cheguei mais perto, detalhe procurava
Gramíneas outras a elas se misturavam
Entre barulho e poluição se aninhava
E juro, se brincar até se amavam.

Conclusão apressada? Falar o que vem à telha?
Sou assim, mudar não quero Deus do céu.
Quase levo um susto. Que beleza, é uma abelha!
Sim..., colhendo da “doce” florzinha o mel.

Foram muitos clicks, em qual ângulo focar?
O trânsito continuava grande. Robôs a passar?
Acho que não viam o que eu estava a fotografar
Loucura, aquela mulher com a “grama” a falar?!

Mas não me importo com julgamentos
São deles as conclusões, pouco se me dá.
Pois viver e curtir iguais e lindos momentos
Não tem preço e nem dinheiro pra pagar!!!



Wandamor
Enviado por Wandamor em 24/12/2010
Reeditado em 28/07/2011
Código do texto: T2690041
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