Chuva mansa
Ela chegou mansamente que até me assustou.
Era tão silenciosa, que nem sequer retumbou.
Molhou todas as roupas no varal,
Molhou a calçada e as vidraças.
E tudo isso, foi só pra me aporrinhar!
Escondeu os raios do sol, deixou a tarde sem cor.
Fez aspirais nas nuvens, fazendo chorar o céu.
Enquanto eu ouvia o seu tilintar no telhado.
Meu coração se aquietou, passou a bater mais
tranquilo, acompanhando o barulho da chuva.
Veio visitar-me calmamente, com único intuito
fazer-me companhia!
E eu arredia que só, falei cobras e lagartos de
tão enfurecida que estava!!
SP/11/2010*