Nasceu ali, acho eu sem muita pretensão,
Cresceu entre ruídos e grandes demandas
Mas ficou na dele, não deu bola não
E o tempo ia e vinha igual a cirandas.
Ele nem se importava, crescia sem parar
Alojou-se legal, ocupou um grande espaço
Cresceu muito nem dava pra disfarçar
Ficou deveras encabulado, eu acho.
Tentava se esconder e o tempo corria.
Era chuva, sol, poluição, até seca enfrentou
Ia levando dia e noite mas era uma agonia.
Afinal aquela sementinha foi quem germinou
Uma árvore grande, imponente e frondosa
Que cumpria seu destino sempre a sorrir
Ficou tão linda, elegante e tão garbosa
Resolveu assumir, se impor faltava florir.
Dai chegou a primavera e... tudo mudou.
Vestiu-se de flores lindas e belas, e que cor!
Transeunte dante alheio agora ali parou
A admirar, embevecer-se e declarar amor.
Foi e é tão grande , soberana sua presença
Tornou-se do espaço o dono, a tudo ofuscava.
Nem pediu aos tribunais, seus vizinhos, uma sentença
O Majestoso Flamboyant ali já reinava!