Imagem do Google
Águas limpas, preguiçosas e castas
Que correm suaves nos remansos
Águas que alagam o brejo
Águas calmas, águas vastas
Águas limpas, corriqueiras
Que passam leves e livres
Por entre as pedras lisas,
Águas ligeiras!
Águas com sal
que brotam dos olhos
Em cada partida
Águas que redimem
O homem e suas
Almas arrependidas
Águas salgadas dos oceanos
Que alimenta o homem
De mistérios, peixes,
E desenganos
Águas humildes da bica caseira
De lavar roupa, águas de sabão
Águas de lavadeira
Água escura dos lagos
Esquecidos e mudos
Que o vento desaquece
Águas calmas e misteriosas
Águas que meditam
Em forma de prece
Águas das chuvas
Sementeiras
Despejadas das mãos do criador
Águas que correm no lombo do burro
E se misturam às lágrimas
No rosto feliz do lavrador
Águas que abraçam as raízes
Águas que despertam a semente
No milagre da transformação
Águas que granam o milho nos campos
Águas que fazem o pão!
Águas místicas
Que benzem, que depuram
Águas, fluído dos espíritos
Águas bentas que curam!
Águas que lavam a terra
Águas que respiram nos arroios
Que formam os arco-íris
Que tanta beleza encerra!
Águas de cheiro
Que traz o frescor
Águas que lavam o bebê
Águas afetuosas
Águas de amor!
Água confinadas nas nuvens
Que ameaçam mas é esperança
Água dos orvalhos da mata
Que nas folhas
Do vento balançam
Águas fétidas
Dos vasos sanitários
Água imunda das poças
Cheias de vermes
Água que vira potável,
No filtro de areia Grossa!
Águas contida nas represas,
Onde vivem piavas e pacus
Águas que despencam das alturas
Que movem turbinas
Águas que geram luz!
Água fresca das cabaças
Água misturada com cimento
Águas da construção
Águas dos temporais
Que correm nos telhados
Águas de inundação!
Águas que corroem as pedras
Na extrema lentidão
Mas que corroem as pedras
Porque as águas são eternas
As pedras, não são!
Águas virgens
Que brotam das rochas
Água das cascatas
Águas das tempestades
Águas buliçosas de verão!
Águas santas dos Hindus
Águas épicas que mataram a sede
Dos povos antigos
Águas que batizaram Jesus!
Para onde vão
As águas que passam
Em nossas vidas?
Águas que levam nossos sonhos
Águas que lavam nossas feridas!
Água que eu bebi
Quando caiu do céu
Água que ficou presa
Na aba do meu chapéu!
Água que fica guardada
Nas catanas do coqueiro
Água que dá de beber
Aos moradores da mata
Águas de chuvisqueiro!
Águas impetuosas, traiçoeiras
Águas em desalinho
Que engolem os corpos
Daqueles que se afogam
Águas em redemoinho!
Águas que asseiam
Sujeiras do corpo e do mundo,
Águas ativas, fluídas
Águas que reanimam meu rosto
E minha alma envelhecida!
Águas que me sagraram
Que me benzeram
Tão logo eu nasci
Para o seio
Desta vida!
Águas que irão lavar meu corpo findo
Corolário da existência perdida
Águas que jorrarão dos olhos
Dos que me amam
No último gesto de amor que receberei
Antes da minha partida!
Águas limpas, preguiçosas e castas
Que correm suaves nos remansos
Águas que alagam o brejo
Águas calmas, águas vastas
Águas limpas, corriqueiras
Que passam leves e livres
Por entre as pedras lisas,
Águas ligeiras!
Águas com sal
que brotam dos olhos
Em cada partida
Águas que redimem
O homem e suas
Almas arrependidas
Águas salgadas dos oceanos
Que alimenta o homem
De mistérios, peixes,
E desenganos
Águas humildes da bica caseira
De lavar roupa, águas de sabão
Águas de lavadeira
Água escura dos lagos
Esquecidos e mudos
Que o vento desaquece
Águas calmas e misteriosas
Águas que meditam
Em forma de prece
Águas das chuvas
Sementeiras
Despejadas das mãos do criador
Águas que correm no lombo do burro
E se misturam às lágrimas
No rosto feliz do lavrador
Águas que abraçam as raízes
Águas que despertam a semente
No milagre da transformação
Águas que granam o milho nos campos
Águas que fazem o pão!
Águas místicas
Que benzem, que depuram
Águas, fluído dos espíritos
Águas bentas que curam!
Águas que lavam a terra
Águas que respiram nos arroios
Que formam os arco-íris
Que tanta beleza encerra!
Águas de cheiro
Que traz o frescor
Águas que lavam o bebê
Águas afetuosas
Águas de amor!
Água confinadas nas nuvens
Que ameaçam mas é esperança
Água dos orvalhos da mata
Que nas folhas
Do vento balançam
Águas fétidas
Dos vasos sanitários
Água imunda das poças
Cheias de vermes
Água que vira potável,
No filtro de areia Grossa!
Águas contida nas represas,
Onde vivem piavas e pacus
Águas que despencam das alturas
Que movem turbinas
Águas que geram luz!
Água fresca das cabaças
Água misturada com cimento
Águas da construção
Águas dos temporais
Que correm nos telhados
Águas de inundação!
Águas que corroem as pedras
Na extrema lentidão
Mas que corroem as pedras
Porque as águas são eternas
As pedras, não são!
Águas virgens
Que brotam das rochas
Água das cascatas
Águas das tempestades
Águas buliçosas de verão!
Águas santas dos Hindus
Águas épicas que mataram a sede
Dos povos antigos
Águas que batizaram Jesus!
Para onde vão
As águas que passam
Em nossas vidas?
Águas que levam nossos sonhos
Águas que lavam nossas feridas!
Água que eu bebi
Quando caiu do céu
Água que ficou presa
Na aba do meu chapéu!
Água que fica guardada
Nas catanas do coqueiro
Água que dá de beber
Aos moradores da mata
Águas de chuvisqueiro!
Águas impetuosas, traiçoeiras
Águas em desalinho
Que engolem os corpos
Daqueles que se afogam
Águas em redemoinho!
Águas que asseiam
Sujeiras do corpo e do mundo,
Águas ativas, fluídas
Águas que reanimam meu rosto
E minha alma envelhecida!
Águas que me sagraram
Que me benzeram
Tão logo eu nasci
Para o seio
Desta vida!
Águas que irão lavar meu corpo findo
Corolário da existência perdida
Águas que jorrarão dos olhos
Dos que me amam
No último gesto de amor que receberei
Antes da minha partida!