SOBREVIVÊNCIA (DESMATAMENTO)

Poesia

De uma pequena e singela semente

Transformo-me em algo majestoso e belo

Fornecendo, folhas, flores e frutos diversos

Formando uma verdadeira aquarela

Desenvolvo ramificações complexas

Firmo-me profundamente

Em busca de água e alimento

Realizo trocas benéficas

Fornecendo a matéria orgânica ao solo

Em troca de vitaminas essenciais

Respiro o ar poluído

Em troca do ar puro

Realizo a fotossíntese um dos milagres da vida

Alimento os pássaros, os animais, as abelhas, os insetos

E até mesmo os ditos seres humanos

Amenizo ate mesmo as suas dores e ate curo suas doenças

Os pássaros me dão prazer

No seu majestoso cantar ao amanhecer

Os animais me fazem sentir útil

E em troca me fazem companhia

Às abelhas forneço néctar e em troca

Elas me alegram no dia a dia

Ate os insetos me dão alegria

Formando suas enigmáticas colônias

Os seres humanos em troca me fazem cortes profundos

Das minhas artérias jorram seivas

Que me faz murchar de tristeza

Estou sem defesa, procuro de alguma forma

Restabelecer-me, mais a luta é desigual

Logo vem algo em forma de calor

Que são as famosas e destrutivas queimadas

Que a tudo destrói: plantas, pássaros, animais, abelhas, insetos

E ate mesmo o próprio ser que se diz racional

Como lutar essa luta desigual?

Parar de germinar seria o ideal?

Parar de crescer e florescer?

Não fornecer alimentos?

Parar de respirar o ar poluído?

Deixar de fornecer o ar puro?

Não realizar a essencial fotossíntese?

Quem terá as respostas?

Os pássaros?

Os animais?

As abelhas?

Os insetos?

Ou os ditos seres racionais terão

E de tão arrogantes e egoístas que são nunca dirão.

Autor: Edilmar Leão - (Picos-Piauí)

Guarulhos/Sp

E-mail : leaosantos@itelefonica.com.br

Blog.. : leaodopiaui.blogspot.com

EDILMAR LEITE LEAO
Enviado por EDILMAR LEITE LEAO em 17/12/2008
Reeditado em 09/10/2012
Código do texto: T1339972
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