Indefesa perereca
Hoje, pela manhã tive uma surpresa
Vi uma perereca bem escondidinha
Toda indefesa lá num pequeno vaso
Onde vive meu perfumado pé de alecrim
Pobre perereca!
Ao me ver sei que sentiu medo...
E congelada com olhos arregalados lá ficou
Nesse instante! Corri e chamei meu filho
Filho!!! Vem depressa ver uma coisa linda!
Tem uma perereca lá no vaso de alecrim
Vem logo! Corre! Se não ela vai embora!
E meu filho, um jovem biólogo
Simplesmente disse: Deixa ela lá, mãe!
Não mexa com ela!
Voltei lá!
E a bichinha, ainda estava congelada
Penso que... com muito de medo
Olhei-a bem de perto...
Sentindo uma vontade de lhe alisar
Mas controlei meu amor
E apenas lhe disse:
Não tenha medo minha linda!
Pode ficar tranquila neste jardim
E voltei pra continuar meus afazeres...
***
Fátima Alves - Poetisa da Caatinga
Natal, 22.11.08
Texto do meu livro "Palavras Singelas e Encantamentos..."