Era uma vez-FINAL FELIZ - DUETO BY Fada das Letras E DENISE SEVERGNINI

Era uma vez...

Era uma vez, um pobre, triste e solitário menino

Vivendo fechado em antiquado e lúgubre casarão...

Sem conhecer da vida as razões daquele destino

Separado de sua mãe, família e de seu irmão...

Sem afagos, não havia sorrisos em seu rosto,

Severos deveres a cumprir em duro quotidiano

Maus tratos na alma e sofrimentos no seu corpo

Fome imutável, doença, frio, abandono e engano...

A duras penas aprendeu a arte da sobrevivência

Suas armas na luta diária, o desespero e a dor

Vendo pelo Natal os companheiros de vivência

Receberem os afectos, os presentes e o amor

Sentia em sua alma confusa, a incompreensão

Do significado do Natal que como sonho intuía

Seres afectuosos tais deuses que na sua ilusão

O amariam se fizesse parte desse mundo, um dia...

Mas preso estava de obrigações já tão pequeno

Mas sonhar podia pela madrugada escura, afora....

E nessa noite de Natal, um luminoso anjo sereno,

Fez-se presente e cantou até ao nascer da aurora

Em doce melodia e pura voz maviosa lhe assegurou

Que em sua vida futura seria um bravo cavaleiro mago

Seres afectuosos fariam parte de seu dia, tal sonhou

Mesmo que não os visse, sua alma sentiria terno afago

Então dos grandes olhos escuros uma lágrima rolou

Ardente em fio escorreu em seu rostinho dolorido

Querendo abraçar aquele ser de luz, que lhe escapou

Deixando uma ténue esperança em seu peito doído

E a manhã de Natal chegou, clara, luminosa, e decidido

Ergueu-se para mais um dia de guerreiro, enfrentar

Mas a sua solidão como por magia, tinha desaparecido

Entes de luz, docemente sua alma, vinham acariciar...

Arlete Piedade

FINAL FELIZ

Eu vi um menino navegando no tempo

Com uma triste historia a ser contada

Criança sem brinquedo ou passatempo

Só havia um sonho na fria madrugada

Deus não esqueceu deste filho querido

Apesar da dura pena e da cruel solidão

Apagou a desventura do tempo já ido

Desenhou réstia de alegria no coração

Eu vi um menino tão pequeno e sonhador

Com inspiração onírica e tão medieval

Metade mago imaginário...mui encantador

O outro meio...Cavaleiro da veste celestial

Deus não esqueceu deste ente de luz

Desenhou-lhe a arte com ofício de vida

Ofertou-lhe o dom da palavra que seduz

E anjos luminosos que lhe dão guarida

Como toda história precisa de um final

Esta começou triste e muito dolorida

Finaliza com esperança de bom Natal

E muito amor a toda pessoa querida

Denise Severgnini

DEDICAMOS ESTE DUETO AO NOSSO QUERIDO E ESPECIAL AMIGO, ROBERTO DE OLIVEIRA COM VOTOS DE UM FELIZ NATAL NA COMPANHIA DE SUA FAMÍLIA