A luz do Natal
Iluminar é um favor
Quando a casa está escura,
Na cegueira, na amargura,
Como sofre o morador!
Nada sabe a seu respeito,
O que tem e o que não tem,
Se riqueza ou se vintém,
A tropeços jaz sujeito.
Sem direção, a rumo incerto,
À mercê de quem lhe ampare,
Siga, vire, volte, pare,
Sem ter luz, há luz tão perto…
Mas a luz de um candeeiro
É a fé que o peito abriga
Sonha que uma Alma amiga
Há de lhe chegar primeiro
Antes que faça bobagem
E se entregue em seu martírio
E perprete o suicídio
Desistindo sem coragem.
Imã é nosso coração
Que universo a si aduz
Foi por isso que Jesus
Veio a nós, o pai, irmão.
Eis a Terra iluminada
A Damasco, a Jericó,
Nunca fica sem ter dó
Qualquer Alma equivocada