MENSAGEM PARA TODOS OS NATAIS
Maior que o que por maior se repare,
Por engano não se consideram
Variáveis, dependentes
Do infinito, de caminhos ciganos,
Cada fato mostra o próprio tamanho.
Natural era a língua, em que o gutural
Era freqüente e normal. O esboço,
Formal, delirando pelo racional,
Mostrava que se fazia tendência,
Sincretismos culturais, de desiguais
Caminhos religiosos, e pensamentos...
Múltiplas épocas e situações,
Onde a palavra foi mostrada,
História de fato, feita fábula,
E com exemplos vivificados em ações,
Aquele homem veio mostrar a parábola.
Após divinal fecundação,
Veio por parto normal,
Antecipando a máxima
“A César o que é de César”,
(A cesariana também...)
Anunciado por alguém,
Surgiu a estrela oriental
Rumo a Belém…
E a palavra, fundamental,
Viajou do oral ao corporal,
E a força da
Palavra, descomunal,
Passou a ter
Cheiro floral , som musical,
Visão impessoal,
Tacto sensual...
A palavra acrescentou
Consoante e vogal,
A vírgula e o ponto final...
Assumiu aspecto moral,
Social, estrutural.
Usada pelo mal
E pelo bem por igual,
Feita palavra desde o original,
Arbitral, liberal,
Espacial e sideral,
Faz-se referencial
Absoluto e total,
Do antigo e do atual,
Dando nomes e sentidos,
Enfeita o som natural
Até o Calvário revivido,
Crucial, lento, mortal,
E pede perdão ao Pai
Para todos os mortais.